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Porquê ser professor?

Atualizado: 22 de fev. de 2023

Uma jovem professora, nos arredores de Lisboa, dá aulas em duas escolas e explicações num centro de estudos. Aos fins-de semanas veste-se de princesa e anima festas de aniversário. Diz que adora ensinar. A sua grande inspiração foi a sua professora do 1º ciclo, da escola “primária”. E diz isso com os olhos a brilhar de comoção e de alegria.



Afia e pequeno lápis

Meu caro Futuro:

Espero que estas linhas te encontrem de boa saúde, desejando eu, aqui no presente que, aí no futuro, o planeta Terra esteja mais equilibrado.


Escrevo-te em finais de Abril de 2022, ano em que se iniciou a Guerra da Ucrânia a 24 de Fevereiro.


Escrevo-te para de dar conta de uma questão aparentemente menor, face à tragédia da guerra ou dos múltiplos dramas que atravessam o planeta e a Humanidade: em Portugal há falta de professores.


Eu bem sinto esta situação na minha escola, como coordenador dos professores de Matemática. São imensos os malabarismos que temos feito, para conseguir providenciar professores de Matemática a todos os nossos alunos.


Na RTP, serviço público de rádio e televisão em Portugal, foi transmitido um debate, num programa chamado “É ou não é” sempre apresentado por Carlos Daniel, mas que esta semana foi apresentado por Ana Lourenço.


No debate estava, Maria de Lurdes Rodrigues[i], Emília Brederode dos Santos[ii], Filinto Lima[iii] e Paulo Guinote.


Que razões para ser professor?

A iniciar o debate “Que Futuro para a Educação?”, Ana Lourenço pediu aos participantes que apresentassem “umarazão para se ser professor, hoje, em Portugal”.


Curiosamente, todos os participantes, acabaram por fugir à pergunta, enredando-se em outras considerações.


A pergunta ficou, portanto para cada um de nós, os 150.127[iv] professores no ativo, ou pelo menos, os tantos milhares que estariam a assistir ao debate. Mas a pergunta não é só para os professores. É uma questão que se coloca a cada português ou a cada político.


A pergunta continuou a ressoar na minha mente e não resisti a vir partilhar contigo, meu caro Futuro, um esboço de resposta. Serve esta respostas para eu próprio estruturar o meu pensamento e refletir sobre as razões para ser professor.


Vale a pena começar por perguntar que razões se devem apresentar a qualquer pessoa para se ser seja lá o que for.


Que razões para se ser jornalista? Para se ser médico? Para se ser carpinteiro?


Quando falamos em razões para se ser seja o que for, pensamos, por exemplo em estatuto social, esta aura dourada que parece rodear alguém que exerce certas profissões.


Podemos falar em respeito que um profissional suscita junto da população.


Podemos falar da remuneração que alguém possa obter ao exercer qualquer profissão. Podemos ainda falar em segurança e estabilidade que uma profissão pode oferecer a quem a exerce.


Em comum entre estes aspetos há o que se poderia chamar de “satisfação” Satisfação que advêm do estatuto social, do respeito, do dinheiro ou da segurança.


Discute-se se a carreira de professor é aliciante ou não. Os dados dizem que muito simplesmente não é. Os jovens não querem seguir esta carreira. Quem é professor, se puder sai e o estado burnout é elevado, sobretudo nos professores com mais idade[v].


E tudo isso porquê?


Não é nobre e aliciante ser responsável pelo indispensável desenvolvimento de crianças e jovens?


Não é este desenvolvimento pessoal dos alunos uma garantia do futuro?


Não mostrou a pandemia e o consequente confinamento a importância fulcral da escola e dos professores?




Os portugueses confiam ou respeitam os professores?

O estudo feito pela GFK[vi] a propósito da iniciativa Global Teacher Prize em 2018[vii] diz-nos que é nos professores que os portugueses mais confiam, depois dos bombeiros e dos médicos. Mas em termos de respeitabilidade ficam em 5º lugar depois dos bombeiros, dos médicos, dos militares e dos policias. Confia-se nos professores, mas considera-se que a sociedade respeita mais outras profissões.


Os professores são bem remunerados?

Em termos de remunerações, sabemos que os professores auferem salários baixos, quando comparados com outros licenciados ou quando se tem em conta as horas de trabalho que ultrapassam sempre as 35 horas estabelecidas como horário oficial de trabalho.


Há segurança na profissão de professor?

A segurança na profissão de professor só é alcançada quando estes integram os quadros de efetivos de uma escola. Até lá têm um estatuto de grande precariedade. São cerca de 28.000 docentes, 27% de todos os professores[viii], para quem, cada início de ano letivo é uma verdadeira roleta russa. Passam-se muitos anos até estes professores adquirirem a segurança de uma efetivação. Por vezes só depois de 20 ou mais anos de trabalho.


Os professores não progridem na carreira?

Outra questão que tem reflexos na remuneração, passa pela forma como se progride na carreira. Há sempre a velha referência às forças armadas e à hierarquia militar. Sobe-se de posto por competência, por formação e dai advêm maior remuneração. E nem todos chegam a general. Só que a carreira de professor tem contornos muito específicos. Os professores numa escola, desempenham todos o mesmo papel e têm todos as mesmas funções: ensinar e fazer aprender, independentemente da experiência acumulada. Não há verdadeiramente hierarquias.


A não efetivação prende-se com uma política de contenção na abertura de vagas nos quadros de cada escola, num processo que parece ter por objetivo, poupar verbas no orçamento do estado em cada ano. Não deixa de ser legítimo, pois os professores são o maior corpo de funcionários da função pública: mais de 150.ooo, tantos como médicos e enfermeiros juntos. Só que uma carreira com entraves na sua evolução é, basicamente uma injustiça para quem desempenha tão importante função.


Enfim, Portugal confia nos professores, mas não os respeita muito, paga-lhe pouco e não oferece segurança a uma boa percentagem destes profissionais. Entretanto é considerada por todos uma profissão desgastante. 76% dos inquiridos no estudo da GFK nunca colocou a hipótese de ser professor.[ix]


Então, como então tornar esta profissão aliciante ou pelo menos garantir que as necessidades de professores sejam colmatadas?


Ora, na verdade, não se trata de aliciar pessoas com benesses ou privilégios. Trata-se, pelo contrário de perguntar que condições é necessário dar para que se possa desempenhar as funções inerentes à função de ser-se professor das crianças e dos jovens de um país?

Parte-se do princípio de que, se forem dadas estas condições, o exercícios desta profissão torna-se minimamente aliciante.


Que condições de segurança, de remuneração, de preparação científica e didática? Que dignidade?




Que futuro para a educação e em que condições?

A resposta só pode ser dada se mergulharmos ao fundo daquilo que é o sentido da educação e naquilo que é o desafio da aprendizagem. O que necessitam os alunos para melhor aprender? Que características deve ter um professor para melhor contribuir para uma boa aprendizagem?


Todos os dias procuro deitar-me pelas 10 horas da noite para conseguir dormir durante umas boas 8 horas de sono. Levanto-me pelas 6 horas, faço a minha higiene matinal, tomo um bom pequeno-almoço e vou bem acordado e bem-disposto enfrentar, pela 8h15 uma turma de 25 crianças. No fim-de-semana preciso de descansar e retemperar forçar.


Na minha escola tenho colegas que surgem pela manhã, frescas, bem-dispostas e cheia de energia. São emocionalmente estáveis, vão ao cinema, ao teatro, estão atentas ao que acontece à sua volta, atualizam-se através de leituras frequentes.


A pergunta a fazer é que condições dar a um professor para que lhe seja possível alcançar este patamar? A resposta é fácil: estabilidade na carreira, segurança e uma remuneração adequada, com uma progressão satisfatória.


Mas há um outro aspeto. A questão fulcral é por vezes esquecida: para que os alunos possam aprender adequadamente é necessário que o professor tenham sido, ele próprio alvo de um processo adequado de formação e de treino. Desta formação não advém apenas uma melhor prestação junto dos alunos. Uma boa formação contribui para que melhores resultados sejam alcançados e maior satisfação seja sentida pelo próprio professor.


Suspeita nº1 – Burnout e formação

Lança-se, portanto, a suspeita (suspeita nº 1) de que uma boa parte da frustração e do desencanto que os professores sentem e que conduz a quadro de burnout, advém da menor preparação que os professores recebem inicialmente. Veja-se a história da formação de professores em Portugal e constate-se as fragilidades desta formação recebida pela maioria dos professores no ativo. O burnout não virá apenas do cansaço. Talvez também advenha da frustração, da impotência de não se conseguir corresponder ao serviço que a sociedade exige que seja prestado, seja por déficit de formação do docente, seja por carência de meios existentes nas escolas.

Suspeita nº 2 – Capacidade de formar

Os participantes no debate da RTP acabaram por concluir que haverá capacidade instalada no Ensino Superior, para formar os professores necessários para os próximos anos. Mas há que perguntar se existe em Portugal o know-how adequado e suficiente para formar docentes de qualidade. Suspeita-se que não (suspeita nº2).


No debate estavam presentes duas investigadoras, pessoas com vasto currículo no ensino superior, e dois professores com experiência do quotidiano das escolas. Curiosamente, foram chamados dois homens, para falar de uma profissão em que de 78% são mulheres[x]. Uma interessante tensão ficou no ar deste o início, em parte, por Maria de Lurdes Rodrigues ter sido uma das figuras mais contestadas que estiveram à frente do Ministério da Educação, neste século. Mas talvez haja outras razões. Há na verdade uma tensão entre o universo das universidades e o mundo das escolas. Como se a universidade conhecesse mal as escolas e as escolas tivessem poucas hipóteses de aceder às reflexões e às conclusões dos trabalhos de investigação que se vão produzindo.


Suspeita nº 3 – Um fosso abissal

Todos os anos recebo pedidos para responder a inquéritos no âmbito de teses de mestrado ou doutoramento na área da educação. Nem uma única vez a nossa escola recebeu as conclusões destes estudos em que participou. Nem sabemos onde os consultar. Suspeita-se, (suspeita nº 3) portanto, de um fosso existente entre as universidades na área da pedagogia e da didática.


Suspeita nº 4 – O falhanço da formação contínua

Se falamos em formação inicial há que falar em formação contínua, onde também surge a suspeita (suspeita nº 4) que o sistema que está montado de formação contínua dos professores ainda não corresponde às necessidades desta profissão.


Mas, meu caro Futuro, não se trata apenas de ter mais ou menos professores. Trata-se antes de ter um sistema de ensino, capaz de desenvolver nas crianças e nos jovens todas as capacidades humanas que cada um tem em potencial e de garantir que cada criança e cada jovem se aproprie do imenso património de conhecimentos acumulados pela humanidade.

Neste sistema de ensino, os professores desempenham um papel central, mas só podemos oferecer “satisfação” a um professor ou a uma professora se ele ou ela estiverem devidamente preparados para levar a cabo a sua importante missão.


5 desafios a enfrentar na educação

Mais do que análises ou reflexões há que definir caminhos a percorrer para garantir que os docentes cumprem a sua missão.


Há, desde há pouco mais de um mês, um novo ministro da educação em Portugal.

(1) O primeiro desafio é mexer desde já nas regras de contratação a curto prazo de professores, tarefa que já começou a ser levada a cabo pelo novo ministro.


Há professores que se candidatam a horários de poucas horas e permanecem com renumerações tão baixas que nem compensa aceitar o horário, ainda por cima, longe de casa, com despesas fixas de alojamento e deslocação. A solução neste momento passa por um docente dar aulas em duas escolas, sem estar verdadeiramente inserido numa comunidade escolar. É que um professor não dá apenas aulas. Um ou uma professora deve fazer parte de uma equipa alargada, estar na escola para além das aulas, conhecer a comunidade onde a escola se insere e realizar várias tarefas. Não pode alguém que entra na aula e sai a correr para chegar a outra escola. Portanto, uma escola deve poder contratar um professor, mesmo com poucas horas e garantir-se que este professor recebe uma remuneração completa, pois não falta trabalho numa escola.


(2) É necessário que os professores ganhem estabilidade, permanecendo numa escola com contratos de mais de um ano.


(3) Para quem necessita de estar longe de casa, faltam alojamentos que poderiam ser proporcionados pelas autarquias. Se algumas câmaras investem em residências artísticas, porque não em residências para docentes?


Em relação à formação de professores haverá muito a fazer. Já falamos do fosso entre as universidades e as escolas do básico e do secundário.


(4) Em primeiro lugar é preciso garantir que temos financiamento para investigação na área da didática e da pedagogia e que temos centros de investigação nestas áreas.


(5) Depois é preciso perceber se há uma boa articulação entre universidades e escolas. Quem está nas escolas necessita de estar a par do que de novo de vai descobrindo na área da pedagogia. Quando se fala em inovação fala-se em tecnologia e informática. Mas não nos podemos esquecer que o ser humano continua a ser formado por um cérebro que desempenha um importante papel no processo de aprendizagem. E é este cérebro, inserido num corpo de uma criança, que está no centro de todo o processo de aprendizagem; é esse cérebro e este corpo que necessita de empreender uma viagem de desenvolvimento em várias vertentes. E toda e qualquer inovação deve ter por objetivo encontrar novos e melhores caminhos para promover a tão ambicionada aprendizagem.



Desafio central: todos aprenderem

(6) Até porque há um desafio que ainda não foi completamente alcançado: como garantir que todos conseguem aprender.


Se viajarmos 60 anos atrás encontraríamos uma escola que se centrava no ensino de uma pequena percentagem de alunos. Quem aprendia, parabéns! Quem não aprendia, temos pena, estaria condenado às profissões reservados a analfabetos.


A pequena percentagem de alunos que aprendia, conseguia alcançar este desidrato, pois disponha à partida, de capacidades própria bem desenvolvidas. Ora o desafio em Portugal é exatamente fazer com que 99% das crianças e jovens possa aprender e para isso deverão desenvolver o mais possível as suas capacidades. E isso, meu caro Futuro, é um mistério profundo.


Imagine-se que é por decreto-lei que se define quais os antibióticos ou quais os anti-inflamatórios que se devem prescrever para cada situação médica. Não faria, obviamente, sentido. É a formação técnica e científica que habilita o médico a diagnosticar e decidir que tratamento deve ser seguido. Pois, na educação, é a legislação que “prescreve” a ação dos docentes e o funcionamento das escolas. Poder-se-á perguntar porquê?


Suspeita nº 5 – Quem não confia nos professores?

Segunda Helena Peralta[xi], o programa de alemão no ensino secundário tinha 5 páginas em 1974/75, mas em 1983 aumentou para 25 páginas e em 2005 vinham numa vetusta publicação com 90 páginas. Perguntar-se-á porquê? Suspeita-se (suspeita nº 5) que não haja confiança nos professores e, como tal, há que espartilhar muito bem, com grande pormenor, em programas homologados por despacho ministerial, o trabalho dos professores. Também se considera que é por decreto-lei que se deve dizer aos professores como atuar nas escolas.


O reconstituir da confiança nos professores passa talvez por outros modelos de formação de professores.


Mas, entre a legislação publicada, contendo diretrizes da tutela, e a prática docentes pelas escolas do país há outra velha tensão.


Da parte da tutela, há a vontade de implementar novas formas de construir a escola, que chegam com o peso do jurídico e do cumprimento da lei. Falta, no entanto, a formação que possa despertar e enriquecer o olhar dos docentes para o mundo que pulsa e avança, “como bola colorida nas mãos de uma criança”.


As escolas são ilhas isoladas, em que a intensa solicitação sobre os professores os esgota e retira-lhe tempo para pensar e sentir o vento que sopra de todos os quadrantes da sociedade e do mundo. Aqui a articulação entre as universidades e a escolas, do básico e do secundário, seria uma solução.


Suspeita nº6 – Universalidade da escola

Alguns novos partidos políticos acusam quem está no poder há mais anos em Portugal, de não ter conseguido promover o desejado desenvolvimento económico e social deste país. Apontam-se rankings internacionais e chamam-se à baila os países bálticos e outros do leste europeus, cujos indicadores económicos ultrapassaram os de Portugal. Propõe-se como solução as medidas típicas de um certo liberalismo económico. Destaca-se a Letónia e a República Checa. Na verdade, o segredo destes e de muitos outros países não passará talvez pela liberalização. Veja-se com atenção o facto de estes países terem desde há muitas décadas ou mesmo séculos apostado na educação. Recorde-se que andava o Marquês de Pombal de calções e já a Prússia tinha decretado a escolaridade obrigatória em 1717. Há, portanto, a suspeita (suspeita nº 6) que o tão almejado desenvolvimento de um território passa pela educação dos seus habitantes.


Enfim, meu caro Futuro, volto a colocar a pergunta de Ana Lourenço: “uma razão para se ser professor, hoje, em Portugal”.


Uma jovem professora, nos arredores de Lisboa, dá aulas em duas escolas e explicações num centro de estudos. Aos fins-de semanas veste-se de princesa e anima festas de aniversário. Diz que adora ensinar. A sua grande inspiração foi a sua professora do 1º ciclo, da escola “primária”. E diz isso com os olhos a brilhar de comoção e de alegria.


Suspeita nº 7 – Talvez um mundo melhor

Talvez a resposta a Ana Lourenço esteja nos olhos humedecidos desta jovem professora.

A resposta é, portanto, simples: a razão para se ser professor é o prazer que se obtêm por sentir que contribuímos para que centenas de alunos possam crescer e descobrir um mundo através dos conhecimentos que fomos acumulando. Através destes conhecimentos adquiridos e destas capacidades desenvolvidas suspeita-se (suspeita nº 7) que o mundo possa ficar um pouco melhor.


As 7 suspeitas da educação

Temos assim 7 suspeitas:

  • Suspeita nº 1 - Suspeita-se que a frustração que os professores sentem, e que torna esta profissão pouco aliciante, advêm de uma formação inicial dos docentes muito frágil.

  • Suspeita nº 2 - Suspeita-se que esta formação frágil advenha de universidades que não dispõem do know-how para formar devidamente os futuros professores.

  • Suspeita nº 3 – E esta falta de know-how não advirá, exatamente por haver, um fosso entre as universidades e as escolas.

  • Suspeita nº 4 - Há também a suspeita que o sistema de formação contínua de docentes não seja o mais adequado.

  • Suspeita nº 5 - Suspeita-se, entretanto, que o resultado desta deficiente formação docente leve á falta de confiança nos professores por parte da tutela.

  • Suspeita nº 6 - Este quadro leva à suspeita que sem uma educação sólida gerida por professores com boa preparação um melhor desenvolvimento de qualquer país fica comprometido, sendo necessário uma escola verdadeiramente universal.

  • Suspeita nº 7 - Suspeita-se por fim, que bons professores, bem preparados, emocionalmente seguros e com remunerações justas e dignas, estariam na base de uma boa preparação de crianças e jovens que irão contribuir para um mundo melhor.

A Escola e a Paz

Durante os anos 90 a escola em Portugal colocou as crianças a pensar na paz e nas questões ambientais. Os frutos estão aí. Este trabalho de sensibilização para a paz foi tão bem desenvolvido, que é com espanto e surpresa que descobrimos no outro lado da Europa um tão grande desprezo por estas questões.


Em Moscovo, meu caro Futuro, mesmo junto à antiga Catedral de S. Basílio, alguém parece não saber o que é a paz e qual a sua importância.


É caso para dizer, andou Putin noutra escola, que não as muitas que existem deste lado da Europa.


Um abraço amigo

Eduardo Rui Alves

(professor feliz de 3000 alunos ao longo de 10.000 horas de aulas em 30 anos de profissão)

[i] Antiga ministra da Educação entre 2005 e 2009. [ii] Investigadora e autora com vasto currículo em Ciências da Educação. [iii] Presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, https://andaep.com/orgaos-sociais consultado a 26/4/2022. [iv]https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZDQwZGQ1NGUtZDBiNS00MzViLTk2MDYtYzc5ODIyZDRiYTkxIiwidCI6ImQ0MWIzMGNmLTgzMzEtNGJkNC05YTJkLTg3NGY1MmIwMDQxNSIsImMiOjh9&pageName=ReportSection160253c4e08848c860a8consultado a 18/02/2023 [v] https://www.dn.pt/vida-e-futuro/mais-de-60-dos-professores-sofre-de-exaustao-emocional---estudo-9558111.htmlconsultado a 26/4/2022. [vi] A GfK Portugal é uma empresa multinacional de estudos de mercado, especializada em Portugal nas áreas de Estudos Ad Hoc e Painéis Retalhistas de Bens de Consumo de Longa Duração. [vii] https://www.fundacaogalp.com/Portals/1/GTP19/GlobalTeacherPrizePortugal_EstudoGFK.pdf consultado a 26/4/2022. [viii] Idem 4. [ix] Idem página 22. [x] Idem 4 [xi] Maria Helena Peralta é doutorada em Ciências da Educação, na área de Desenvolvimento Curricular e Avaliação e mestre em Literatura Alemã. É professora auxiliar aposentada do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Desenvolveu e continua a desenvolver atividades de investigação em Desenvolvimento Curricular, Avaliação e Didática das Línguas Estrangeiras.

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